sábado, 4 de junho de 2011

Alunos de verdade

“Zapeando” hoje de manhã pela internet, vi várias notícias de tragédias, crimes, guerras, futilidades, enfim, vi tudo aquilo que estamos acostumados a assistir ou ler diariamente. O difícil, quando acompanhamos o noticiário, é ver matérias com exemplos de amor, solidariedade, luta, honestidade.
Nos últimos dias, ao abrir as agências para avaliar quais notícias seriam incluídas nas duas páginas que faço diariamente, vi muitos exemplos de violência gratuita. Uma delas, inclusive, me chamou a atenção, pois era sobre uma mãe que agrediu a professora de sua filha com socos e chutes, inclusive na cabeça, porque a educadora havia chamado a atenção da criança, de apenas cinco anos. Fiquei imaginando que tipo de monstro essa mãe está criando e como será o comportamento dessa pequena quando tiver mais idade. Será que a mãe vai agredir todo mundo que ousar contrariar sua vontade?
Lendo esse tipo de absurdos diariamente, às vezes sinto que estou perdendo totalmente a fé no ser humano. Os exemplos que devíamos seguir são raramente mostrados com destaque, enquanto as notícias que envolvem violência, tragédias ou futilidades ganham enorme espaço. Fico sempre me perguntando quais tipos de valores que estão nos dominando, e porque os princípios morais que antes eram tão respeitados, hoje são relegados a meras notinhas perdidas no meio de outros assuntos.
Mas hoje, ao passar por vários sites, vi uma matéria que me deixou feliz, e me mostrou que, apesar de tudo, ainda há pessoas que acreditam na força do amor. Adolescentes de uma classe do terceiro ano do Ensino Médio, em Governador Valadares, nos deram um exemplo de amor ao próximo. Em solidariedade a um colega que tem câncer e passou pelas primeiras sessões de quimioterapia, todos os outros garotos rasparam a cabeça. Seguindo esse exemplo, professores e até diretores da escola resolveram fazer o mesmo. Quando o garoto voltou à escola e abriu a porta da classe, teve essa bela surpresa. Em suas palavras, disse que se sentiu “feliz e acolhido”.
Ao invés de sofrer bullying, de ser “zoado”, de sentir vontade de se esconder, esse garoto recebeu em um momento muito difícil um apoio totalmente inesperado. O gesto maravilhoso pode ser conferido no link http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2011/06/estudantes-raspam-cabelo-para-apoiar-colega-com-cancer-em-mg.html. Num mundo onde estudantes e pais xingam e batem em professores, e onde o respeito nos colégios tem se tornado raridade, o exemplo desses garotos nos mostra que, acima de tudo, eles são alunos de verdade na escola da vida.

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