sábado, 29 de outubro de 2011

Vergonha dos estudantes da USP

E esse bando de estudantes vagabundos que estão fazendo arruaça na USP? Desde quando a droga é liberada no Brasil? Querem fumar, vão fumar em casa, nas repúblicas, na puta que o pariu, mas não se achem no direito de fumar em local público e ainda querer dizer que a Polícia é repressora. Porque, quando acontece um crime, como a recente morte daquele estudante que foi assaltado, esses mesmos estudan...tes vão reclamar que não há segurança no campus. Aliás, todo mundo que usa drogas esquece que comprou de um traficante, que esse traficante é um bandido e que, se tiver de matar sua família para se dar bem, mata sem dó. Fosse filho meu fazendo essa baderna apanhava quando chegava em casa. Podem me chamar de reacionária, do que quiserem... Mas quer fumar maconha, aguente as consequências de fazer algo ilegal. O que não dá é para uma universidade inteira não ter segurança porque um bando de folgados que fumar maconha no campus. Que porra de individualismo é esse? Quer dizer que para eles fumarem sossegados os outros alunos podem ser mortos e estuprados sem problemas?

Ignorância e ódio chocantes

Achei interessante ler os comentários sobre o câncer de Lula, a grande maioria comemorando o fato de ele estar doente, como se estivesse recebendo um castigo divino. Tanta ignorância e ódio me deixam pasma! Eu tive câncer duas vezes e, até onde me lembre, não fiz nada de tão grave assim para ficar doente e sofrer consequências da doença até hoje, das quais não fico me lamentando.
Tom Jobim dizia que no Brasil sucesso é ofensa pessoal, e no caso de Lula isso fica bem claro. Interessante é que as pessoas ou parecem que não leem, ou não querem acreditar que, elas gostando ou não, ele terminou seu segundo mandato como o presidente mais bem avaliado da História do país. Será que todo mundo é ignorante? Será que todo mundo que o respeita não tem conhecimento de nada?
E ninguém me venha com esse papo de que nunca se roubou tanto antes, que se roubou até muito mais. A grande e significativa diferença é que antes a imprensa não denunciava ou, se o fazia, era com pequenas notas, que mal eram encontradas nas páginas das publicações. Mesmo quando as denúncias existiam e eram publicadas, imediatamente eram esquecidas, ninguém ficava buscando fatos e mais fatos para elas se tornarem verdade. Ou todo mundo aqui esqueceu a roubalheira que foram as privatizações?
Sim, eu votei em Lula nas duas vezes em que ele foi eleito, e votei em Dilma. Para mim a situação não mudou nada, mas para muita gente, que tinha bem menos condição que a minha, mudou muito.
Agora, independente de credo político, comemorar que uma pessoa está doente, principalmente de câncer, é muita, mas muita mesmo ignorância. Que essas pessoas não tenham nunca em sua família um caso de câncer, porque elas não têm ideia do sofrimento que ele traz não somente ao doente, mas a todos que o rodeiam.

sábado, 22 de outubro de 2011

Compartilhando uma lenda

Durante minhas férias estive esse ano na Argentina, onde fui conhecer geleiras maravilhosas na Patagônia, em uma cidadezinha linda chamada El Calafate. No hotel conheci uma figura muito simpática, o dono da lojinha de lembrancinhas que, além de ser um ótimo comerciante (comprei várias coisas com ele), também me apresentou uma bela história que agora compartilho com vocês. Essa história, ou lenda, surgiu quando vi umas bonequinhas simples de madeira com roupas feitas de linhas coloridas, sem feições, diferentes de todas que já havia visto em minha vida.
Juan me contou que essas bonequinhas se chamam “macas”. Segundo a lenda local, as “macas” nasceram há muitos e muitos anos, na imaginação de uma menina que morava na montanha. Com os poucos recursos de que dispunha, ela um dia decidiu trazer as “macas” à realidade, para que levassem um pouco de sua alma e felicidade aos outros. Ela queria que suas bonecas durassem para sempre. A lenda diz que, nas casas onde são cuidadas, as macas vivem eternamente, porém, naquelas em que são deixadas de lado e esquecidas, elas simplesmente desaparecem. Assim, quem tem sorte suficiente para ter uma “maca”, não deve jamais se esquecer de cuidar dela.
Fiquei pensando na metáfora que essa lenda faz com a amizade. Se analisarmos bem, a “maca” representa nossos amigos. Se não cuidamos nem lembramos deles, o que acontece? Eles desaparecem. É uma matemática simples, mas que as pessoas parecem ter desaprendido como fazer essa conta.
Já falei muitas vezes aqui sobre os amigos, e quando fiz essa analogia com as bonequinhas fiquei pensando em como as pessoas se esquecem das amizades facilmente e depois ainda se acham no direito de ficarem ressentidas quando o amigo desaparece. Não digo que a gente precisa ligar todo dia ou “bater ponto” na casa dos amigos sempre. Mas um telefonema de vez em quando, uma mensagem, um e-mail, enfim, um sinal de fumaça, são importantes para que eles se lembrem de que fazem parte de sua vida.
Claro que o inverso também tem de acontecer. Não acredito em amizades onde apenas um se esforça para manter o contato. Afinal, qualquer relacionamento é uma via de mão dupla: eu ligo, você liga, eu vou, você vai, eu me preocupo, você se preocupa. Quando esse equilíbrio se acaba, é a hora em que existem duas opções: tentar recuperá-lo, se realmente valer a pena, ou simplesmente esquecer o assunto, e tocar a vida sem ressentimentos.
Em tempo: claro que comprei uma “maca” para mim, e até mesmo pendurei em meu carro, para todo dia ela se sentir protegida. Além disso, todo mundo que anda comigo acaba perguntando o que aquela bonequinha significa. Tenho certeza de que essa “maca” jamais vai desaparecer. Afinal, tenho por ela o mesmo cuidado que tenho por meus amigos.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Vulgaridade premiada

Não assisti nenhuma temporada de “A Fazenda”. Respeito quem goste, mas prefiro gastar o pouco tempo que tenho para ver televisão com programas de outro tipo. Porém, é impossível não saber quem está na final desse reality show, já que em praticamente todos os sites que visitei hoje há uma chamada na capa falando sobre as quatro “peoas” que sobraram na disputa.
Ao ver o grupo, cheguei a uma conclusão meio óbvia: a vulgaridade, decididamente, está conquistando lugar de destaque entre a sociedade brasileira. E, antes que algum homem venha com aquele comentário idiota de que isso é inveja porque elas são “gostosas”, existe muita mulher muito mais gostosa por aí que não fica se exibindo em poses ginecológicas num canal de televisão, nem saem com as pernas arreganhadas em revistas “sensuais”.
Fiquei pensando em que tipo de valores dá para se esperar de Joana Machado, Valesca Popozuda, Monique Evans e Raquel Pacheco. Da primeira, temos o belo exemplo de uma mulher que, a despeito de ter sido amarrada pelo então namorado Adriano, ainda assim ficou com ele e, se hoje não estão mais juntos, foi porque o jogador tratou de sair fora do relacionamento.
Valesca Popozuda. Quem é ela, na ordem do dia? Sei que participa de um grupo de funk e que colocou tanto silicone na bunda que consegue equilibrar um copo nela (sim, também leio essas idiotices!). Além desses dotes profundamente “artísticos”, que outra coisa importante ela fez para merecer tanto respeito da população?
Monique Evans todo mundo conhece, e sempre foi o que é. Porém, com a idade, ela deveria estar, digamos, um pouco mais comedida. Afinal, acredito que nenhum filho gosta de ver a mãe bêbada pelada em uma piscina, fato que foi explorado exaustivamente pela mídia quando ela participou de uma outra temporada do mesmo programa.
Por fim, Raquel Pacheco, mais conhecida por Bruna Surfistinha. Dentro da cabeça dessa meninada de hoje que, mal chegou aos 14 anos, já quer colocar silicone e ficar turbinada, ela é o exemplo de uma garota “rebelde”, que chegou ao fundo do poço, mas se deu bem. Que lição podemos tirar da história dessa garota? Que é legal se prostituir e depois ainda arrumar um marido? Que todo mundo sai fora dessa vida horrorosa? Que usar drogas e se prostituir levam você a um mundo cão, mas que para ele existe uma saída como nos contos de fadas?
Com tantos bons “exemplos”, causou-me certo espanto que as quatro tenham sido escolhidas para permanecer na tal fazenda. E tive outro pensamento: se elas eram as melhores escolhas, o que dizer então dos outros que foram eliminados?
Chego à seguinte conclusão: o nome “Fazenda” foi bem escolhido. Afinal, galinhas e vacas sempre conviveram bem, e o programa mostrou exatamente isso. Com destaque para as penosas e leiteiras de verdade, que com certeza devem ter tido um comportamento impecável, muito diferente das suas colegas de confinamento.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Rafinha merece mesmo ser defendido?

Acho interessante ver pessoas comparando o que está acontecendo com o Rafinha Bastos (a velha história babaca de "liberdade de expressão", que está sendo totalmente deturpada do seu sentido real), com a falta de punições aos nossos políticos corruptos. Se os políticos são corruptos, muito dessa impunidade é culpa nossa, que votamos naqueles que, ao chegarem ao poder, buscam apenas os benefícios que ele proporciona, se esquecendo de que devem legislar em favor do povo, e não de si próprios. Quem aqui realmente fiscaliza o que faz aquele deputado que ganhou seu voto? Acredito que raras exceções, e eu mesma não me incluo nelas. Quanto ao Rafinha Bastos, infelizmente foi preciso ele mexer com gente grande para que finalmente algo fosse feito contra suas declarações extremamente preconceituosas. Aliás, ele somente não se aventurou a fazer piadas com gays e negros porque sabe que a legislação criminaliza esse tipo de preconceito, então virou sua metralhadora contra mulheres "feias" (como se a dele fosse uma miss, e está bem longe disso!), tendo respaldo de boa parte da população masculina, o que mostra claramente o quanto ainda estamos naquele pensamento machista de que mulher pede para ser estuprada. O fato de não acontecer nada com os políticos corruptos não justifica que nada aconteça com quem dissemina preconceito e faz declarações absurdas. Não cobramos dos políticos ética e honestidade, mas isso não nos dá o direito de achar que quem se sente ofendido moralmente com as declarações desse chamado "formador de opinião" fique calado e não tome as medidas que achar cabíveis. Assim como a grande maioria das pessoas, Ronaldo se posicionou contra Rafinha quando se sentiu atingido por causa de seu sócio - mas quantos de nós buscamos direitos e cobramos obrigações apenas para os outros, sem interesse próprio? Portanto, quem está tão indignado com o que houve com esse humorista, deveria também usar essa indignação para coisas mais úteis - como, por exemplo, para o tratamento dado normalmente às vítimas de estupro, que são geralmente acusadas, nas entrelinhas, de terem "procurado" a violência da qual foram vítimas. Falta muito para que nossos políticos sejam realmente representantes do povo, mas acho que aidna falta muito mais para que as pessoas entendam que um erro jamais vai justificar outro.