Faltando apenas um dia para se encerrar 2012, acredito que todos nos
pegamos fazendo (como sempre!) aquele tradicional balanço das conquistas e
perdas ocorridas ao longo dos últimos 12 meses, dos erros e acertos, e planos
para que o ano que chega seja sempre melhor do que o aquele que acabou.
Não fujo a essa regra. Não sou nem quero ser daquele grupo que adora
dizer que “ano novo é tudo igual”, mas que no fundo celebra a chegada dos novos
365 dias como todo mundo, esperando que tudo seja melhor. E claro que faço um
balanço, até porque eu acredito que aprendemos muito com nossos acertos – e
principalmente com os erros.
Mas de nada adianta virar o ano, ganharmos mais 12 meses, pedirmos que
tudo seja melhor, se nós não estamos dispostos a fazer nenhum tipo de concessão
para que essa mudança positiva ocorra. Outro dia vi uma tirinha da personagem
Mafalda (sempre sábia!) em que ela falava que “o ano que vem é que espera que
as pessoas sejam melhores”. Concordo com a pequena argentina que, com suas
frases cheias de sabedoria, ainda conquista leitores em todo o mundo, a
despeito de seu criador, Quino, ter encerrado sua publicação há muitos anos.
Sempre pensamos em mudar e muitas vezes deixamos essa transformação
para depois. O “depois” tem de esperar o emagrecimento, o casamento, o
crescimento dos filhos, o emprego melhor, ter mais dinheiro, a troca do
carro... Colocamos obstáculos muitas vezes facilmente transponíveis para as
mudanças que queremos fazer em nossas vidas, e dimensionamos esses entraves
para o tamanho que avaliamos possa justificar o medo – ou preguiça mesmo –
de nossa evolução. Sim, porque o importante é evoluir, e não apenas “trocar
seis por meia dúzia”. Na minha visão, mudanças devem ser sempre positivas e
enriquecedoras.
Não consegui mudar tudo que pretendia em 2012, mas acredito que dei
vários passos em direção ao meu crescimento pessoal nesse período. Ainda não me
tornei a pessoa dedicada à atividade física que pretendo ser – e não estou
falando em me tornar uma atleta, mas sim em sair do sedentarismo – mas já
me condicionei a pelo menos duas vezes por semana estar na academia. É pouco para
o que quero, mas muito para quem não fazia exercícios físicos.
Perdi e ganhei amigos, aprimorei meu lado profissional, voltei a ler
mais e consegui colocar em prática dois projetos que há muito existiam em minha
cabeça, um podcast sobre músicas retrô, e uma coluna com dicas de leitura.
Pequenas conquistas, mas que significam muito quando percebo que aos poucos
estou colocando meus planos em andamento.
Para o próximo ano, ainda tem muita coisa que quero conquistar. E
acredito que terei 2013 motivos para celebrar, um para cada dia vivido
plenamente. Saúde e feliz ano novo a todos!