domingo, 28 de fevereiro de 2010

Nossa viagem

Olá pessoal...
Domingo bem chuvoso, e depois de três dias meio baqueada por conta de uma virose, finalmente estou bem. E não estou pronta para outra, nem pensem isso...
Como fazia tempo que não escrevia nada, hoje resolvi "roubar" uma mensagem muito legal que está no orkut da minha amiga Ana Cecília (eu cito a fonte com orgulho)!
Que nossa vida realmente seja sempre bem aproveitada, e que as rugas sejam não sinais de envelhecimento, mas de maturidade, experiência, e principalmente felicidade por tudo que passamos.
Um ótimo domingo a todos e uma segunda maravilhosa!

"Acredito que a grande jornada da vida não se baseia em chegar ao túmulo toda segura, toda linda, sem rugas, sem cabelinhos brancos, num corpo bem preservado à base de artifícios dolorosos, sem dispensar amor a si e ao próximo... Mas sim para curtir ao máximo esta oportunidade abençoada pelo grande Deus... e ao término desta jornada como Andréa, meio que escorregando para dentro dele, meio que de ladinho, querendo mais ficar do que ir, berrar:
PUTA MERDA... QUE VIAGEM MARAVILHOSA QUE EU FIZ!!!!"

Beijos com carinho!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Carnaval e família - combinação perfeita!

Carnaval acabou na terça, e ainda tem muita gente curtindo aquele gostinho da ressaca e desejando que o feriado tivesse sido mais longo. Até eu, que há muitos anos não sabia o que era acompanhar a mais tradicional festa brasileira, resolvi esse ano sair da toca onde costumava me esconder nesses dias e aproveitar a folia.
Para minha surpresa, adorei a bagunça e percebi, ao contrário da televisão, onde o destaque são mulheres cada vez mais nuas e em poses vulgares, no interior não há espaço para esse tipo de comportamento. Pelo contrário: Carnaval e família se unem em completa harmonia, fazendo do reinado de Momo um evento delicioso.
Estive dois dias em Águas de São Pedro, cidade famosa pelo desfile dos blocos e pelo ambiente familiar. Imaginava que encontraria apenas o pessoal mais velho no município, mas vi que meus conceitos estão bastante ultrapassados. Muita garotada pulando e dançando junto com os idosos, que participavam do desfile mostrando entusiasmo – mesmo usando bengalas e até cadeira de rodas!
O principal que observei: o respeito era a tônica do desfile. Idosos, jovens, casais com os filhos, todo mundo passava se divertindo sem nenhum problema. O carro mais “ousado” tinha quatro ou cinco garotos e garotas usando tops de biquínis e sungas – nada de fio dental, as meninas estavam com minissaias bastante comportadas.
Não faltou o carro com os homens vestidos de mulher. No maior alto astral, eles mexiam com quem estava assistindo ao desfile, faziam gracejos aos homens e distribuíam camisinhas, avisando as pessoas para fazerem sexo seguro. Uma moçada bonita que estava bem à vontade em seus vestidos apertados e curtos, claramente pequenos para o tamanho dos marmanjos.
Na sexta fui para Arthur Nogueira, onde uma banda na praça agitava o Carnaval da pequena cidade. O mesmo clima familiar, as mesmas brincadeiras inocentes, nada de vulgaridade nem de brigas que normalmente surgem após muito álcool na cabeça.
Fiquei me perguntando quando o Carnaval perdeu seu verdadeiro espírito e transformou-se num show cronometrado para ser exibido ao mundo todo. O desfile das escolas deixou de ser o relato de uma história, e tornou-se uma briga de egos entre as rainhas de bateria, que pouco antes da festa divulgam quantas plásticas fizeram ou quanto de silicone colocaram para “turbinar” os seios.
Voltei a gostar do Carnaval após ter aproveitado esses três dias em lugares onde a ordem era apenas se divertir, sem competição entre corpos moldados em cirurgias plásticas e uma sexualidade tão latente que nos transforma, aos olhos de muitos estrangeiros, como um país que não precisa ser respeitado. A inocência do Carnaval que vi me emocionou. E também me fez, após muitos anos, sentir já saudades de toda aquela festa.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Falatório demais, trabalho de menos

Meu forte nunca foi política. Não quero dizer que sou alienada, apenas não gosto de discutir sobre o assunto, menos ainda com quem tem posicionamentos diversos aos meus. Afinal, assim como sou corinthiana e jamais vou convencer um palmeirense a mudar de time, também acredito que devo respeitar o posicionamento político de quem está a minha volta.
Por obrigações profissionais, nos últimos tempos tenho feito cobertura na área de política. Não é a primeira vez que trabalho nessa editoria. Em 2002 cobri a campanha presidencial e achei uma experiência interessante, apesar de exaustiva. E agora, novamente ano de eleição, estou temporariamente escrevendo sobre o assunto. Infelizmente, para minha decepção, o que vi há oito anos se repete: falatório demais, trabalho de menos.
Explico melhor. Assim como agora, em 2002 acompanhava sessões de Câmara em Araraquara. O que deveria ser uma reunião para análise de projetos benéficos ao município acabava se tornando um verdadeiro palco, onde cada parlamentar queria se aparecer mais do que o outro. E agora vejo a mesma coisa acontecendo nas sessões que acompanho em Santa Bárbara d’Oeste. Requerimentos são discutidos exaustivamente, a tribuna chega a ser usada para falas desrespeitosas entre os adversários, e vereadores aproveitam o espaço para discursar sobre assuntos que às vezes nem têm a ver com pauta do dia.
Para fazer a “prova dos nove”, resolvi outro dia acompanhar pela televisão a sessão de Piracicaba. A mesma situação: falatório, discussões inúteis, apartes intermináveis, projetos inconstitucionais sendo discutidos apesar de já terem sido vetados, e um jogo de cena perfeito de quem já está em campanha.
Pensando um pouco mais no assunto, lembrei o que essas três Câmaras têm em comum: a transmissão ao vivo, seja pela televisão ou internet. Não sou contra a transmissão, acho inclusive salutar que a população tenha acesso às discussões do Legislativo. O que sou contra é o uso da sessão para campanha política, ofensas sem sentido e apresentação de projetos claramente eleitoreiros.
Sessões que deveriam durar quatro horas acabam se estendendo por seis, sete horas, por causa de debates inúteis. Os parlamentares esquecem que o povo não tem nem tempo e nem paciência para esse tipo de discussão. Não adianta subir na tribuna e esbravejar, gritar, falar contra o prefeito e prometer mundos e fundos. A consciência política do brasileiro está melhorando a cada eleição. O que a população busca agora são resultados, e não discussões vazias. O vereador vai conquistar o voto trabalhando bastante. E isso, com certeza, não é aparecer uma vez por semana na Câmara, apenas durante a sessão.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Bom atendimento - obrigação esquecida

Em todos os lugares e sites onde fazemos compras sempre dispomos de um e-mail ou telefone para possíveis reclamações, sugestões e críticas em caso de algum problema. Dispomos, mas quem já tentou reclamar ou cancelar algum serviço sabe como é essa maratona. Ter o problema solucionado, então, é um verdadeiro milagre!
Primeiro temos de esperar até conseguirmos um atendente desocupado e, muitas vezes, ele nos diz que aquele tipo de reclamação só pode ser solucionado no horário comercial, quando normalmente todas as linhas estão ocupadas. Já cheguei a escutar a seguinte mensagem: “O melhor horário para ligar é após as 20 horas”. Aí, quando liguei após esse horário, não poderia ter meu problema resolvido. Fica difícil, né?
Pior é tentar resolver algum problema por e-mail. Em dezembro contratei os serviços de um site por um mês e, quando fui renová-lo em janeiro pelo mesmo período, me veio uma mensagem que meu contrato era de seis meses. Imediatamente mandei um e-mail ao site relatando o engano, e recebi como resposta que não havia engano nenhum, que eu havia contratado o plano com 50% de desconto e teria de pagá-lo.
Interessante que no próprio site havia o acordo de utilização, com uma cláusula que dizia que eu poderia mudar o plano semestral para mensal. Novamente escrevi mostrando a cláusula e pedindo a migração para o outro plano. Recebi a resposta mais absurda do mundo: como o pagamento já havia sido autorizado pelo cartão, eu não poderia mais fazer alteração. Eles esqueceram um detalhe: o serviço só era liberado após o pagamento. Para resumir, me vali da profissão e escrevi à assessoria de imprensa do site, e também enviei uma queixa ao Procon. O que era impossível de ser feito, segundo as primeiras respostas, foi resolvido no mesmo dia!
Esse tipo de atitude é muito comum com o consumidor brasileiro. As empresas tentam de qualquer maneira nos obrigar a aceitar um serviço ou produto que não atendem nossos desejos – depois, dificultam ao máximo nosso acesso a qualquer gerente ou responsável que possa resolver nosso problema. Quando nossa paciência se esgota, das duas uma: ou desistimos e acabamos “engolindo” algo que não queremos, ou vamos ao Procon ou contratamos um advogado e resolvemos a pendência.
Claro que existem empresas sérias e que tratam o cliente com respeito. Mas a maioria ainda acha que, depois de feita a compra, ele não precisa mais ser agradado. O pós-venda ainda é um setor que precisa melhorar muito no Brasil. Porém, para isso, é preciso também que a população faça sua parte: reclame, exija, brigue, mas faça valer seu direito. Afinal, não estamos pedindo um favor, mas sim exigindo a qualidade daquilo que pagamos. E o bom atendimento ao cliente faz parte disso.