quinta-feira, 15 de julho de 2010

Obrigada aos amigos!

Considero-me uma pessoa privilegiada em muitos aspectos: tenho uma família que, entre altos e baixos, está sempre unida; trabalho naquilo que gosto; tenho saúde; e muitos amigos. Nesse ponto, sou mais do que privilegiada: tenho vários melhores amigos, e eles não cabem nos dedos de uma só mão.
Muitas frases definem a amizade. Uma das que mais gosto é que “amigos são irmãos que a gente escolhe”. E realmente são. Escolhemos pessoas que entram em nossa vida e fazem parte dela para sempre. E não necessariamente elas são como a gente. A minha mais antiga amiga (nos conhecemos há mais de 30 anos) é completamente oposta a mim: não tem vaidade nenhuma, detesta os lugares que eu gosto, se veste de maneira totalmente simples, e eu sou meio perua. Mesmo assim, somos tão ligadas que mesmo a distância de quase 5 mil quilômetros entre nós não conseguiu esfriar essa amizade.
Também se diz por aí que, se a gente quer saber quantos amigos tem, basta dar uma festa. Mas, se quisermos saber qual a qualidade deles, basta ficar doente. Já experimentei esses dois extremos. Tenho amigos com quem saio, vamos a barzinhos, festas, nos reunimos para churrascos, sempre conseguimos um pretexto para um choppinho. Tenho também aqueles com quem raramente me encontro, porque não gostam de sair. Nos dois grupos, tive a sorte de contar com pessoas maravilhosas quando estive doente. Minha casa vivia cheia de gente para me visitar. No primeiro dia de hospital, quando o médico chegou para fazer a visita, havia umas 15 pessoas dentro do quarto! Tem como alguém não se recuperar com tanto carinho assim?
Estou escrevendo sobre isso porque na próxima terça comemoramos o Dia do Amigo. A data é significativa, porque, depois da nossa família (e, para algumas pessoas, até antes dela), os amigos são as pessoas que mais nos amam. São eles que estão ali quando tomamos “aquele chute” e precisamos chorar. São eles que, quando fazemos alguma burrada, nos dão a maior bronca, mas ao mesmo tempo passam a mão em nossa cabeça para nos consolar.
Mas, principalmente, os verdadeiros amigos tentam não nos deixar errar. Amigo não serve apenas para concordar com tudo que pensamos e fazemos – mas também para abrir nossos olhos quando sabem que estamos entrando numa barca furada. Infelizmente, nem todos pensam assim. Já vi muita gente vendo o melhor amigo errando feio – e não falar nada com o argumento de que “ele sabe se cuidar”. Também já vi (e vivi) o inverso: querer mostrar o erro que ele estava cometendo, e perder a amizade. Nesse caso, se fosse verdadeira, jamais seria perdida. Por isso, não lamento os que se foram, e sim agradeço aos que ficaram. Sem eles, não seria tão feliz como sou.

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