segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Um resgate da minha história


Depois de um ano e dois meses trabalhando bastante, finalmente minhas férias chegaram. A partir desta quarta-feira, fico fora da redação durante 30 dias, dos quais espero voltar renovada para mais 12 meses de trabalho. Aliás, parece que, quanto mais perto estamos de nossas férias, mais sentimos o cansaço do ano acumulado. Por isso, essas quatro semanas sempre são aguardadas ansiosamente por quem está na labuta.
Este ano decidi que precisava fazer um resgate da minha história. Para quem não sabe, ao longo dos meus 41 anos de vida já morei em 11 cidades. Por um desses acasos do destino acabei nascendo em Araranguá, na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, cidade onde vivi até os quatro anos e para onde não vou há quase 20 anos.
No começo de 2013 não sabia para onde iria em minhas férias. Em princípio, a ideia era ir para a Alemanha e Polônia, visitar os campos de concentração nazistas, objetivo momentaneamente deixado de lado, mas que com certeza será atingido no futuro. Depois, como mudei a data de sair para descansar, resolvi fazer algo completamente diferente: visitar a cidade onde nasci.
Parece-me engraçado pensar nisso, porque a grande maioria das pessoas que me conhece não tem a menor ideia de que sou catarinense. Como sempre declaro meu amor eterno a Piracicaba, onde moro atualmente e cidade natal de quase toda a minha família, as pessoas presumem que sou uma “caipiracicabana” legítima, apesar de o sotaque não ser tão pronunciado. Mas sou “barriga verde”, e de repente senti necessidade de rever a terra onde nasci. Da época em que morei lá, conheço poucas pessoas, que costumava visitar em minhas férias escolares. São essas pessoas que quero reencontrar, além de rever os poucos lugares que ainda existem desde que estive lá pela última vez.
De lá sigo para Gramado ver o Natal de Luzes, para depois ir a Quaraí, na divisa do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Nessa cidade fronteira, mais uma resgate: o reencontro com minha querida amiga Caren, que conheci quando morei na Bahia, a quem não vejo há 28 anos. O tempo e a distância nunca foram capazes de nos separarem em definitivo. Caren hoje é casada, tem três filhos, e pude acompanhar sua vida através de cartas, pelo telefone, e agora por e-mail e Facebook. Como nossos pais são muito amigos, também temos notícias uma da outra através deles. Também vou reencontrar seus irmãos Miguel e Kelen, que vi muito pequenos e hoje já têm suas famílias.
Prevejo nessa viagem muita emoção e alegria. Rever pessoas queridas, para mim, sempre é maravilhoso. Desde o começo do ano tenho pensando a respeito disso, e decidi que de agora em diante, sempre que puder, irei rever um amigo querido. Caren é a primeira, de uma longa lista de pessoas amadas.

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