Depois de um ano e dois meses trabalhando bastante, finalmente minhas
férias chegaram. A partir desta quarta-feira, fico fora da redação durante 30
dias, dos quais espero voltar renovada para mais 12 meses de trabalho. Aliás,
parece que, quanto mais perto estamos de nossas férias, mais sentimos o cansaço
do ano acumulado. Por isso, essas quatro semanas sempre são aguardadas
ansiosamente por quem está na labuta.
Este ano decidi que precisava fazer um resgate da minha história. Para
quem não sabe, ao longo dos meus 41 anos de vida já morei em 11 cidades. Por um
desses acasos do destino acabei nascendo em Araranguá, na divisa de Santa
Catarina com o Rio Grande do Sul, cidade onde vivi até os quatro anos e para onde não vou há quase 20 anos.
No começo de 2013 não sabia para onde iria em minhas férias. Em
princípio, a ideia era ir para a Alemanha e Polônia, visitar os campos de
concentração nazistas, objetivo momentaneamente deixado de lado, mas que com
certeza será atingido no futuro. Depois, como mudei a data de sair para
descansar, resolvi fazer algo completamente diferente: visitar a cidade onde
nasci.
Parece-me engraçado pensar nisso, porque a grande maioria das pessoas
que me conhece não tem a menor ideia de que sou catarinense. Como sempre
declaro meu amor eterno a Piracicaba, onde moro atualmente e cidade natal de quase
toda a minha família, as pessoas presumem que sou uma “caipiracicabana”
legítima, apesar de o sotaque não ser tão pronunciado. Mas sou “barriga verde”,
e de repente senti necessidade de rever a terra onde nasci. Da época em que
morei lá, conheço poucas pessoas, que costumava visitar em minhas férias
escolares. São essas pessoas que quero reencontrar, além de rever os poucos
lugares que ainda existem desde que estive lá pela última vez.
De lá sigo para Gramado ver o Natal de Luzes, para depois ir a Quaraí,
na divisa do Rio Grande do Sul com o Uruguai. Nessa cidade fronteira, mais uma
resgate: o reencontro com minha querida amiga Caren, que conheci quando morei
na Bahia, a quem não vejo há 28 anos. O tempo e a distância nunca foram capazes
de nos separarem em definitivo. Caren hoje é casada, tem três filhos, e pude
acompanhar sua vida através de cartas, pelo telefone, e agora por e-mail e
Facebook. Como nossos pais são muito amigos, também temos notícias uma da outra
através deles. Também vou reencontrar seus irmãos Miguel e Kelen, que vi muito
pequenos e hoje já têm suas famílias.
Prevejo nessa viagem muita emoção e alegria. Rever pessoas queridas,
para mim, sempre é maravilhoso. Desde o começo do ano tenho pensando a respeito
disso, e decidi que de agora em diante, sempre que puder, irei rever um amigo
querido. Caren é a primeira, de uma longa lista de pessoas amadas.
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