segunda-feira, 18 de julho de 2011

Trabalhando entre amigos

Nesta quarta-feira comemoramos o Dia do Amigo. A data, que até pouco tempo era desconhecida, hoje já faz parte do calendário de muitas pessoas, que aproveitam o dia para se reunir com amigos comemorando a amizade, ou mesmo mandando mensagens àqueles que estão longe.
Mas raramente vejo, quando falamos na data, as pessoas se referirem aos amigos do trabalho. Normalmente falamos sobre os “melhores” amigos, aqueles que estão sempre conosco em viagens, reuniões festivas, jantares, churrascos, e também em nossos momentos tristes. Mas esquecemos daqueles que, pelo menos durante um terço do nosso dia, fazem parte da nossa rotina.
Um dos pontos mais interessantes do amigo de trabalho é que, muitas vezes, ele não tem absolutamente nada a ver com o que sou. Porque normalmente acabamos fazendo amizade com aqueles que estão de acordo com o que gostamos, estão nos mesmos lugares que frequentamos, e têm muitos pensamentos em comum conosco.
No trabalho não. Quando começo a trabalhar em qualquer lugar, não sei se a pessoa que sentará perto de mim gosta de futebol ou não, se é calada ou falante, se adora contar piadas ou é melancólica, se um dia irá sair comigo almoçar ou não. Na verdade, nossos futuros colegas de trabalho acabam sendo uma incógnita num primeiro momento.
Por isso, acho interessante que o trabalho nos proporciona a chance de fazermos amizade com pessoas que, fora desse ambiente, muito provavelmente não fariam parte das nossas vidas. Pelos vários lugares onde já trabalhei me deparei com indivíduos muito parecidos comigo, e com aqueles totalmente diferentes de mim. Com os últimos, a convivência cotidiana me fez ver que, apesar dos contrastes, era possível sim ter amizade com pessoas opostas a mim.
Ao longo dos meus anos como profissional em Jornalismo e professora de Inglês, fui amealhando amigos que hoje, independente de não estarem mais no mesmo trabalho que eu, fazem parte da minha vida e espero que continuem assim sempre. Pessoas que de vez em quando eu encontro para um bate papo regado a boas risadas, com quem divido experiências profissionais e pessoais que jamais serão esquecidas.
Semana passada fiquei dois dias sem trabalhar por causa de uma gripe forte. Pode parecer bobagem, mas senti falta de pequenas coisas que fazem parte do meu dia a dia no jornal: do Reginaldo me dizendo que “sente saudade da minha ausência”, do Diego falando que eu “como macaco”, do Luciano fazendo seus comentários irônicos a respeito de diversos assuntos, da Renata falando brava ao telefone com algum assessor. Na verdade, senti falta da redação como um todo, e percebi uma coisa muito valiosa: trabalhar entre bons amigos é uma das melhores coisas que existe. Afinal, passo um terço do meu dia com essas pessoas. Que essas horas sejam aproveitadas da melhor maneira possível.

Um comentário:

Pri Orsi disse...

Concordo linda! Tenho amigas e amigos de trabalhos antigos e de hoje, que apesar de serem bem diferentes, viraram super amigos...
Bem vc sabe bem que sou uma amiga exótica, não sou muito de ficar mandando mensagens e tal - mas as pessoas que fiicaram no meu coração, como você, ainda fezem parte da minha vida depois de... ops... X anos (melhor deixar esses números de lado. E visto que nos conhecemos na facu de joranlismo, vejo que essa amizade tbm pode ser considerada como tendo um fundo profissional - afinal não sabia que tínhamos tudo a ver quando nos conhecemos na facu... te amo e feliz di8a do amigo atrasado!

Pri