quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Amores que se acabam

Essa semana os adoradores de fofocas (me incluo nessa categoria!) acompanharam duas brigas entre casais que ocuparam já muito espaço na mídia, primeiro em função do amor que os uniu, e agora do ódio que os separa. Dado Dolabella foi condenado por ter agredido a ex-namorada Luana Piovani, em 2008, e desabafou em seu twitter, dizendo que a maior sentença tinha sido namorar a atriz. Já Stephany Brito perdeu o direito a ganhar 20% dos proventos do jogador Alexandre Pato, o que lhe daria a “bagatela” de R$ 130 mil mensais, e terá de se contentar, por enquanto, com uma mesada de R$ 5 mil. Nesse caso, a decisão ainda pode ser revertida.
Interessante notar que ambos os casais tiveram seu romance amplamente divulgado pela imprensa. Dado e Luana fizeram inúmeras juras de amor eterno, eram vistos em lugares públicos sempre trocando carícias, e pareciam um casal perfeito. Pato e Stephany casaram-se em uma cerimônia de conto de fadas, com direito a muitos sorrisos na saída da igreja e alegres acenos aos fãs.
Apesar de as cenas de amor entre os dois casais estarem gravadas em fotos e vídeos, o que vemos hoje na imprensa (e imaginem o que pode estar acontecendo fora das vistas do público!) são mostras do mais puro rancor. Dizem que amor e ódio estão muito próximos, e isso parece ser a mais pura verdade quando envolve o fim de um relacionamento.
Também vemos essa situação no dia a dia. Casais que pareciam perdidamente apaixonados de repente tornam-se inimigos mortais. Separações sempre são dolorosas, por mais que aconteçam de comum acordo. É claro que a pessoa rejeitada vai sofrer. Ninguém gosta de ser abandonado por quem jurou amor eterno. Ninguém casa já pensando na separação. As pessoas se unem acreditando que a relação será para sempre. Porém, de repente, tudo acaba.
Vinícius de Morais dizia “que seja eterno enquanto dure”. Quando qualquer relacionamento acaba, o mais comum é notarmos que uma das partes segue a vida, enquanto a outra fica remoendo o que houve. O mais espantoso é que essa pessoa nem percebe que, enquanto está remoendo um relacionamento que acabou, a outra está se abrindo para outro amor.
Já vi mulheres e homens ficarem anos tentando infernizar a vida daquele(a) que foi embora. Ou acreditando que, mesmo o(a) outro(a) já estando em um novo relacionamento, pode haver uma volta. Amor e ódio fazem parte dos sentimentos de todo ser humano. Em igual intensidade, podem ser nossa salvação ou perdição. Ficar idolatrando alguém que se foi é tão doentio quanto querer se vingar a qualquer custo dessa pessoa. Quando um relacionamento acaba, dói. Mas dói muito mais deixar de viver a própria vida, para querer a vida de outra pessoa.

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