domingo, 16 de dezembro de 2012

Orgulho de ‘tia coruja’


Começo a escrever esse texto ainda com uma mistura de emoções fortes após ter ido na última sexta-feira à colação de grau da minha sobrinha mais velha, a Juliana, ou Juju, como a chamamos carinhosamente. Aos 22 anos, ela se graduou em Engenharia de Produção e já está empregada. Um belo começo para uma menina que vi crescer e a quem acompanhei no máximo de momentos possíveis durante toda sua vida.

Durante a cerimônia, em um ginásio lotado de familiares e amigos dos formandos, num ambiente contaminado pela emoção de cada um dos presentes, passavam pela minha cabeça várias imagens da minha sobrinha, desde o seu nascimento, quando a vimos chegar toda enrolada, uma bebê toda linda, já com o típico lacinho cor de rosa na cabeça, até a finalização de um curso pelo qual ela se dedicou tanto.

Muitos dos leitores sabem que eu optei por não ter filhos. Isso não faz de mim um ser humano egoísta que não se importa com ninguém. Assim, acabei “adotando” minhas sobrinhas como filhas postiças. E se eu fiquei emocionada da maneira como estava, nem consigo imaginar o que meu irmão sentiu ao ver a filha se levantar e receber o seu diploma.

Observei os pais, familiares e amigos dos graduandos durante a cerimônia, e podia notar no rosto de cada um a ansiedade em ver seu ente querido no meio de todos aqueles estudantes, os gritos de alegria quando enxergava aquela pessoa, os apitos, o choro contido ou mesmo extravasado. Na chamada dos alunos, a cada nome lido, uma explosão de palmas, gritos e apitos, e os olhares orgulhosos daqueles que estavam ali, muitos vindos de longe, para participar daquele momento tão importante na vida dos estudantes.  

Acabei me lembrando da minha formatura, em Londrina, em 1995. Na ocasião, eu tinha apenas 23 anos, e apenas um plano prestes a ser concretizado: passar um ano em Londres, onde fui estudar inglês, e de onde voltei com memórias maravilhosas e uma experiência de vida inesquecível. Passados 17 anos, trabalho na profissão escolhida, em uma área que adoro, e acredito que tenha realizado boa parte dos sonhos que na época acalentava com tanta esperança.

Com esse pensamento, observei aqueles rostos jovens, todos sentados vestidos de beca, prestando atenção aos discursos, ou então trocando sorrisos entre si e acenando para aqueles que estavam ali para prestigiá-los. Como boa “tia coruja” que sou, a todo instante voltava meus olhos para a minha sobrinha ali sentada, tranquilamente esperando seu nome ser chamado, e sorrindo quase que o tempo todo, apenas ficando séria nos momentos de discursos e do seu juramento. Juliana encerrou naquele dia uma das melhores fases da nossa vida, que é a faculdade, e agora começa um novo ciclo já com ótimas perspectivas. Que ela seja muito (mais) feliz!

Um comentário:

Inaie disse...

Parabéns Déia! Parabéns Juliana...