sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Vulgaridade premiada

Não assisti nenhuma temporada de “A Fazenda”. Respeito quem goste, mas prefiro gastar o pouco tempo que tenho para ver televisão com programas de outro tipo. Porém, é impossível não saber quem está na final desse reality show, já que em praticamente todos os sites que visitei hoje há uma chamada na capa falando sobre as quatro “peoas” que sobraram na disputa.
Ao ver o grupo, cheguei a uma conclusão meio óbvia: a vulgaridade, decididamente, está conquistando lugar de destaque entre a sociedade brasileira. E, antes que algum homem venha com aquele comentário idiota de que isso é inveja porque elas são “gostosas”, existe muita mulher muito mais gostosa por aí que não fica se exibindo em poses ginecológicas num canal de televisão, nem saem com as pernas arreganhadas em revistas “sensuais”.
Fiquei pensando em que tipo de valores dá para se esperar de Joana Machado, Valesca Popozuda, Monique Evans e Raquel Pacheco. Da primeira, temos o belo exemplo de uma mulher que, a despeito de ter sido amarrada pelo então namorado Adriano, ainda assim ficou com ele e, se hoje não estão mais juntos, foi porque o jogador tratou de sair fora do relacionamento.
Valesca Popozuda. Quem é ela, na ordem do dia? Sei que participa de um grupo de funk e que colocou tanto silicone na bunda que consegue equilibrar um copo nela (sim, também leio essas idiotices!). Além desses dotes profundamente “artísticos”, que outra coisa importante ela fez para merecer tanto respeito da população?
Monique Evans todo mundo conhece, e sempre foi o que é. Porém, com a idade, ela deveria estar, digamos, um pouco mais comedida. Afinal, acredito que nenhum filho gosta de ver a mãe bêbada pelada em uma piscina, fato que foi explorado exaustivamente pela mídia quando ela participou de uma outra temporada do mesmo programa.
Por fim, Raquel Pacheco, mais conhecida por Bruna Surfistinha. Dentro da cabeça dessa meninada de hoje que, mal chegou aos 14 anos, já quer colocar silicone e ficar turbinada, ela é o exemplo de uma garota “rebelde”, que chegou ao fundo do poço, mas se deu bem. Que lição podemos tirar da história dessa garota? Que é legal se prostituir e depois ainda arrumar um marido? Que todo mundo sai fora dessa vida horrorosa? Que usar drogas e se prostituir levam você a um mundo cão, mas que para ele existe uma saída como nos contos de fadas?
Com tantos bons “exemplos”, causou-me certo espanto que as quatro tenham sido escolhidas para permanecer na tal fazenda. E tive outro pensamento: se elas eram as melhores escolhas, o que dizer então dos outros que foram eliminados?
Chego à seguinte conclusão: o nome “Fazenda” foi bem escolhido. Afinal, galinhas e vacas sempre conviveram bem, e o programa mostrou exatamente isso. Com destaque para as penosas e leiteiras de verdade, que com certeza devem ter tido um comportamento impecável, muito diferente das suas colegas de confinamento.

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