quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Mudanças essenciais

Esta semana assisti “Nosso Lar”. Independente da crença de cada pessoa, e da qualidade do filme em si (que em alguns pontos fica meio cansativo), a história do espírito André Luiz nos traz uma bela lição de vida, de mudanças profundas e, principalmente, do aprendizado que todas as situações do dia a dia, por mais prosaicas que sejam, podem nos proporcionar.
No filme, o espírito André Luiz, ao chegar ao Nosso Lar, ainda mantém as mesmas ideias terrenas, das quais demora muito tempo a se desapegar. Quando ele consegue enxergar sua nova realidade, passa a ser mais feliz, e entender todos os erros do seu passado. Essa é chave de libertação para sua redenção e para que ele possa visualizar melhor seu futuro.
Todos nós temos princípios aos quais, independentemente das mudanças que ocorrem a nossa volta, nos mantemos apegados. Muitas vezes, não conseguimos enxergar que esses conceitos estão ultrapassados, ou mesmo errados, e ficamos parados em situações que nos param no tempo, ou nos prejudicam. Ainda assim, não conseguimos enxergar que tudo pode ser mudado, se realmente quisermos.
Dizemos que errar é humano, e persistir no erro é burrice. Mas vemos, cotidianamente, amigos, familiares, colegas de trabalho, enfim, pessoas que nos cercam, e nós mesmos, cometendo os mesmos erros, sem perceber que as atitudes que nos fazem mal se repetem por nossa exclusiva escolha. Nosso livre arbítrio existe exatamente para que possamos mudar e evoluir, e não ficarmos parados no mesmo lugar. A dificuldade está em saber usar esse direito de escolha.
Eu já me peguei muitas vezes cometendo o mesmo erro, e depois me arrependendo dele. E novamente cometendo... Sem sequer questionar do por que, mesmo inconscientemente sabendo que aquilo me seria prejudicial, eu ainda assim insistia em me magoar. Sim, porque eu mesma estava me magoando, somente não conseguia sentir isso. E, por mais que as pessoas a minha volta me apontassem que estava errando novamente, eu ficava presa a uma razão inexistente, e fechava meus ouvidos a qualquer argumento que viesse de encontro ao que eu acreditava.
Consegui enxergar esse círculo vicioso. Foi doloroso, mas quando visualizamos o que estamos fazendo, é como se nos libertássemos das antigas ideias e valores e nos abríssemos a mudanças essenciais. Essa abertura nos proporciona a chance de aumentar nosso conhecimento, mudar valores, aprender com os erros do passado e, principalmente, construir um futuro melhor, sem espaço para comportamentos que nos prejudicam.

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